sexta-feira, 4 de abril de 2008

A verdadeira alegria

É sempre desafiador estar de encontro às opiniões comuns, sejam elas de um pequeno círculo de amigos, da família ou da sociedade como um todo.

E há no mundo, obviamente, diversas opiniões e experiências sobre o ser verdadeiramente feliz.

Para um grande número de jovens, ser feliz é curtir, sair, sem limites nem regras. Ter seu carro, sua vida, sem intromissões de terceiros.

O que faz este grupo feliz é a “liberdade” em que vivem, o não ter compromissos, o viver como o coração manda, realizando os desejos que aparecem no momento e que “precisam” ser saciados.

Devido a este entendimento de alegria, muitos adultos acreditam que seu tempo de ser feliz já passou, afinal já não curtem mais como antes, já não podem viver sem cumprir compromissos e, muitos, já estão firmados com uma mulher ou homem através do casamento, impedindo-os de ir além na busca infindável pelo saciar dos seus desejos.

Não culpo o primeiro grupo por causar o descontentamento do segundo. Cada um sabe o que faz. Mas é aqui onde entra o “estar de encontro às opiniões comuns”, que citei no início. Dizer que não ter limites é ruim, que ter intromissões de terceiros é bom ou que realizar os desejos do coração é loucura, é ser tachado de doido, desajustado e fanático. Como pode alguém pensar assim? Explico:

1. Não ter limites não é ruim... É péssimo! O homem, principalmente um jovem, precisa de limites. O homem sem limites cava o seu próprio buraco, se autodestrói;

2. Intromissões de terceiros é maravilhoso, porque são essas intromissões que nos orientam para onde não devemos ir, já que, geralmente, quem se intromete é quem gosta demais da gente e que jamais daria um conselho intencionalmente errado;

3. Realizar os desejos do coração é sandice pura. O coração é tremendamente enganoso e, se dependêssemos sempre dele, nos decepcionaríamos constantemente. Porque ele é inconseqüente e irracional quando age sozinho, e isso é perigoso.

Sair, ter amigos e curtir a vida é ótimo. Entretanto, os limites devem existir, deve chegar um ponto de parar e dizer: “a partir daqui não vou mais, vou ficar fora da brincadeira”, ainda que sejamos o único a observar enquanto os outros “se divertem”.

Os mais vividos jamais deveriam ficar tristes por não poder mais levar a vida de tempos passados. Há novos lugares para ir e novas experiências para viver, talvez até mais agradáveis do que as anteriores.

Enfim, ser jovem e ter uma vida social saudável, ter responsabilidade e perspectivas não é ser careta. Ser adulto, ser fiel, curtir os filhos e a família não significa ter deixado de viver. Ambos os casos são fases de uma vida muito bem projetada por quem entende mais de VIDA do que nós: ELE.

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